Conforme o fundador e empresário Aldo Vendramin, a evolução das provas funcionais no cavalo crioulo reflete não apenas o aprimoramento técnico da raça, mas também a valorização de sua funcionalidade, resistência e versatilidade ao longo das décadas. Desde os primeiros concursos até as atuais competições altamente organizadas, como o Freio de Ouro, o cavalo crioulo tem demonstrado sua capacidade de adaptação a diferentes exigências esportivas e produtivas.
Quer conhecer a trajetória que consagrou o cavalo crioulo nas pistas e no campo? Explore agora a evolução das provas funcionais no cavalo crioulo e veja como tradição e inovação moldam uma das raças mais valorizadas do Brasil!
Como a evolução das provas funcionais no cavalo crioulo começou e se consolidou?
A evolução das provas funcionais no cavalo crioulo teve início com avaliações informais realizadas em exposições agropecuárias e feiras regionais, nas quais os animais eram testados em tarefas típicas do campo, como apartação, rédea e maneabilidade com o gado. Essas provas buscavam demonstrar a habilidade do cavalo em atividades práticas, essenciais para o trabalho na lida campeira. Segundo Aldo Vendramin, o objetivo era identificar animais rústicos, obedientes e com resistência física superior.

Com o tempo, essas provas foram se tornando mais estruturadas e passaram a contar com regulamentos oficiais estabelecidos pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC). A criação do Freio de Ouro, em 1981, marcou um divisor de águas na consolidação das provas funcionais, ao reunir critérios morfológicos e de desempenho em uma única competição. Desde então, o evento se tornou a principal vitrine da raça crioula, ganhando reconhecimento internacional e aumentando o número de adeptos.
Esse processo de consolidação também impulsionou o surgimento de outras etapas classificatórias, como a Bocal de Ouro e as credenciadoras regionais, promovendo maior inclusão de criadores e aprimoramento da qualidade genética e funcional dos animais. Dessa forma, a evolução das provas funcionais no cavalo crioulo consolidou uma metodologia de avaliação que alia tradição, técnica e objetividade.
Quais mudanças técnicas marcam a evolução das provas funcionais no cavalo crioulo?
Como destaca o empresário Aldo Vendramin, uma das características mais notáveis da evolução das provas funcionais no cavalo crioulo é o aperfeiçoamento dos critérios técnicos de avaliação. Antigamente, o julgamento era mais subjetivo e baseado em impressões empíricas dos jurados. Hoje, os avaliadores seguem um conjunto de parâmetros padronizados que consideram aspectos como andamento, equilíbrio, resposta aos comandos, grau de dificuldade das manobras e obediência ao cavaleiro.
A introdução de tecnologias, como o uso de câmeras para análise em tempo real e de planilhas digitais para avaliação, também contribuiu para tornar os julgamentos mais precisos e transparentes. Além disso, os regulamentos passaram a incluir exigências específicas para a preservação do bem-estar animal, com maior controle sobre o tempo de prova, a preparação física dos cavalos e as condições de manejo durante os eventos.
Qual o impacto da evolução das provas funcionais no cavalo crioulo para criadores e mercado?
A evolução das provas funcionais no cavalo crioulo teve impacto direto no mercado da raça, elevando o valor dos animais que se destacam nas competições e influenciando os rumos da seleção genética. Animais premiados no Freio de Ouro, por exemplo, se tornam altamente valorizados como reprodutores, sendo procurados por criadores de diferentes regiões do Brasil e do exterior. De acordo com o fundador Aldo Vendramin, isso estimula investimentos em genética, manejo e treinamento de alto nível.
Para os criadores, as provas funcionais se tornaram um importante instrumento de marketing e posicionamento. Participar das competições e obter bons resultados passou a ser uma estratégia para fortalecer a reputação dos criatórios, atrair novos compradores e ampliar parcerias comerciais. O ambiente competitivo também incentiva a profissionalização da criação, promovendo uma cultura de melhoria contínua e valorização dos atributos funcionais da raça.
Autor: Anastasya Sokolova