O Aeroporto de Dourados está em um momento crucial em 2025, com a pista finalmente entregue após anos de obras e ajustes, mas agora enfrentando o desafio de atrair companhias aéreas para retomar os voos comerciais. Desde maio de 2021, quando o 9º Batalhão de Engenharia e Construção do Exército Brasileiro iniciou a reforma, o Francisco de Matos Pereira ficou fora de operação, deixando a segunda maior cidade de Mato Grosso do Sul sem conexão aérea direta. A entrega da pista, concluída em julho de 2024, marcou o fim de uma etapa, mas abriu outra corrida: convencer as empresas a voltarem. O Aeroporto de Dourados precisa agora provar seu valor estratégico para o transporte regional. Esse processo envolve negociações, infraestrutura e um esforço conjunto entre poder público e iniciativa privada. A expectativa dos moradores é alta, e o sucesso depende de ações rápidas.
A história do Aeroporto de Dourados reflete um longo período de espera e adaptações, com a obra da pista enfrentando desafios técnicos que prolongaram o cronograma inicial. Após mais de três anos, o Exército finalizou os trabalhos, entregando uma estrutura ampliada e modernizada, mas pequenos ajustes ainda foram solicitados pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em 2024. O Aeroporto de Dourados passou por inspeções rigorosas para garantir segurança e conformidade com as normas aeronáuticas, um passo essencial antes de receber voos comerciais. Agora, com a parte física resolvida, o foco se volta para a operação comercial, que exige mais do que apenas uma pista pronta. A gestão passou para a Infraero, que assumiu a responsabilidade de preparar o terminal para o retorno das atividades. Esse marco reacende a esperança de conectar Dourados ao resto do país.
O Aeroporto de Dourados tem potencial para ser um polo logístico no interior do Mato Grosso do Sul, mas isso depende diretamente da volta das companhias aéreas que já operaram na cidade, como Azul e Gol. Antes do fechamento, essas empresas ofereciam voos regulares, mas a interrupção forçou os moradores a dependerem de Campo Grande ou Ponta Porã para viajar. O Aeroporto de Dourados agora precisa demonstrar às operadoras que o mercado local é viável, com demanda suficiente para justificar rotas comerciais. A Azul já sinalizou interesse em retomar as operações assim que a homologação for concluída, mas negociações com outras companhias, como a Gol, ainda estão em andamento. O sucesso dessa etapa definirá o ritmo da retomada. A população espera ansiosamente por opções que facilitem viagens e negócios.
A infraestrutura do Aeroporto de Dourados, embora modernizada na pista, ainda opera com um terminal antigo, enquanto o novo receptivo, prometido pelo Governo do Estado, segue sem prazo definido. Esse contraste pode ser um obstáculo na hora de atrair companhias aéreas, que buscam instalações adequadas para oferecer conforto aos passageiros. O Aeroporto de Dourados precisa equilibrar essa limitação com a promessa de crescimento futuro, mostrando que o investimento vale a pena mesmo nas condições atuais. A Infraero, responsável pela gestão desde o final de 2024, trabalha na manutenção e na adequação do espaço existente, mas a construção do novo terminal é vista como essencial para consolidar a operação. Enquanto isso, a prioridade é garantir voos com a estrutura disponível. A criatividade na gestão será chave nesse processo.
O Aeroporto de Dourados também enfrenta a concorrência indireta de outros modais de transporte e de aeroportos regionais, o que torna a atração de companhias aéreas ainda mais desafiadora. Sem voos locais, muitos moradores optaram por rodovias ou deslocamentos maiores, criando um vácuo que precisa ser preenchido rapidamente. O Aeroporto de Dourados tem a vantagem de estar em uma cidade economicamente relevante, com forte presença do agronegócio e uma população significativa, mas isso sozinho não basta. É necessário um plano estratégico que inclua incentivos fiscais ou parcerias para reduzir os custos operacionais das empresas aéreas. A prefeitura e o governo estadual estão cientes dessa necessidade e já iniciaram conversas para viabilizar essas condições. O tempo, porém, é um fator crítico.
A retomada do Aeroporto de Dourados trará benefícios que vão além da conveniência para os passageiros, impactando diretamente a economia local e regional. A conexão aérea pode atrair novos negócios, facilitar o escoamento de produtos e fortalecer o turismo, aproveitando a proximidade com destinos como Bonito. O Aeroporto de Dourados tem o potencial de se tornar um catalisador de desenvolvimento, mas isso depende de uma operação estável e atrativa para as companhias. Cada voo retomado significa mais empregos, desde funcionários do aeroporto até setores indiretos, como hotelaria e comércio. A cidade, que já foi um ponto de parada importante antes de 2021, quer recuperar esse status. O otimismo cresce, mas é temperado pela espera.
O papel da comunidade e das lideranças locais é fundamental para que o Aeroporto de Dourados volte a decolar no sentido literal e figurado. Pressionar por agilidade na homologação e na negociação com as empresas aéreas pode acelerar o processo, enquanto a divulgação das vantagens de operar em Dourados ajuda a criar um clima favorável. O Aeroporto de Dourados já conta com o interesse inicial da Azul, que visitou o local para avaliar as condições, mas outras companhias precisam ser convencidas. A união entre prefeitura, Infraero e parlamentares, que buscam recursos e apoio, é um trunfo nesse momento. A população também pode contribuir, demonstrando demanda por passagens assim que as vendas começarem. Cada passo conta nessa corrida contra o tempo.
Por fim, o Aeroporto de Dourados está em uma encruzilhada que definirá seu papel no futuro da aviação regional. Com a pista entregue e os ajustes finais em andamento, o desafio de atrair companhias aéreas é o que separa a cidade de uma nova era de conectividade. O Aeroporto de Dourados carrega o peso das expectativas de uma população que quer voar novamente sem depender de longos deslocamentos. O sucesso dessa empreitada depende de estratégia, colaboração e um pouco de ousadia para mostrar que Dourados merece estar no mapa aéreo brasileiro. Enquanto as negociações avançam, o céu da cidade permanece à espera de novos horizontes. A próxima decolagem pode estar mais perto do que imaginamos.
Autor: Anastasya Sokolova
Fonte: Assessoria de Comunicação da Saftec Digital