Dourados, no Mato Grosso do Sul, está passando por uma situação climática crítica, com quase 20 dias sem chuvas significativas. Desde 25 de agosto, a cidade não registra precipitações superiores a 5 mm, o que tem levado a umidade relativa do ar a níveis alarmantemente baixos, entre 10% e 12%, conforme dados do Guia Clima Embrapa.
Esses índices de umidade são inferiores aos encontrados em regiões desérticas como o Saara, onde a umidade varia de 14% a 20%. A média de chuvas esperada para setembro em Dourados é de 97,7 mm, mas até agora, a cidade está longe de atingir esse volume.
Outras cidades do estado, como Amambai e Coxim, também enfrentam condições extremas, com umidade chegando a 8%. Paranaíba e Três Lagoas registraram níveis ainda mais baixos, de 7%, comparáveis aos do deserto do Atacama, no Chile, conhecido por ser o mais seco do mundo.
A situação é considerada de emergência quando a umidade relativa do ar cai abaixo de 12%, o que pode causar problemas respiratórios devido à baixa quantidade de vapor de água na atmosfera. O estado está sob três alertas de baixa umidade, com níveis variando de 30% a menos de 12%.
Além da seca, há um alerta de “grande perigo” devido a uma onda de calor, com temperaturas médias 5°C acima do normal, vigente até 13 de setembro. A Climatempo também emitiu um alerta para possíveis rajadas de vento entre 40 e 50 km/h.
As previsões do Inmet indicam que Dourados enfrentará temperaturas entre 22°C e 40°C nos próximos dias, sem previsão de chuva até sexta-feira. No sábado, há uma pequena chance de precipitação, com temperaturas variando entre 22°C e 34°C.
A população deve estar atenta aos riscos associados a essas condições climáticas extremas, como desidratação e problemas respiratórios, e tomar medidas preventivas para minimizar os impactos à saúde.