Confuso sobre a austeridade econômica? Entenda o que é e o motivo de ser tão polêmica

Fernando Trabach Filho
Anastasya Sokolova By Anastasya Sokolova
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Como menciona o administrador de empresas Fernando Trabach Filho, a austeridade econômica é um conjunto de medidas adotadas por governos para reduzir gastos públicos, equilibrar as contas e conter o crescimento da dívida pública. Esse termo ganhou força principalmente em períodos de crise, quando os países precisam ajustar suas finanças para garantir estabilidade fiscal. 

Contudo, a adoção dessas medidas sempre gera intensos debates, principalmente por seus impactos diretos na vida da população. Isto posto, se você quer entender de forma clara o que é austeridade econômica, como ela funciona e por que é tão polêmica, continue lendo este artigo e tire todas as suas dúvidas sobre o tema.

O que significa, de fato, austeridade econômica?

A austeridade econômica representa a aplicação de políticas fiscais rigorosas, voltadas principalmente para o corte de gastos públicos e, em alguns casos, para o aumento de impostos. De acordo com Fernando Trabach Filho, o objetivo dessas medidas é controlar o déficit fiscal, equilibrando receitas e despesas do governo.

Na prática, a austeridade surge como resposta a situações em que as finanças públicas estão comprometidas, seja por endividamento elevado, seja por crises econômicas internas ou externas. Assim, embora seja defendida por alguns como necessária para a retomada da confiança dos investidores e da estabilidade financeira, também é alvo de fortes críticas. Isso porque os impactos não costumam ser distribuídos de forma justa entre os diferentes setores da sociedade.

As principais medidas adotadas na austeridade econômica

De forma geral, a austeridade econômica se baseia em um conjunto de ações que visam reduzir o tamanho do Estado, diminuir os déficits fiscais e controlar a dívida pública, conforme destaca o entendedor Fernando Trabach Filho. Abaixo, listamos as principais medidas aplicadas:

  • Corte de gastos públicos: redução de investimentos em setores como saúde, educação, segurança e infraestrutura.
  • Reforma da previdência: alteração nas regras de aposentadoria, geralmente aumentando o tempo de contribuição e a idade mínima.
  • Congelamento salarial: suspensão de reajustes para servidores públicos e, em alguns casos, corte de benefícios.
  • Redução de subsídios: eliminação ou diminuição de auxílios concedidos a empresas, setores produtivos ou população em geral.
  • Aumento de impostos: elevação de tributos para gerar mais receita e compensar o déficit.
  • Privatizações: venda de empresas estatais como forma de arrecadar recursos e reduzir os custos do governo.

Todas essas medidas têm como finalidade reduzir os gastos públicos e controlar a dívida. No entanto, cada uma delas gera efeitos diferentes na economia e, principalmente, na vida da população.

Por que a austeridade econômica é tão polêmica?

A adoção da austeridade econômica é motivo de intensos debates entre economistas, políticos e a sociedade em geral. Segundo Fernando Trabach Filho, uma das principais críticas é que, embora busque estabilidade fiscal, ela frequentemente gera impactos sociais negativos. Pois, quando o governo corta investimentos em serviços essenciais, a população, especialmente a de baixa renda, sente imediatamente os efeitos. 

Dessa maneira, hospitais lotados, falta de vagas em escolas, aumento do desemprego no setor público e piora na qualidade dos serviços são consequências comuns. Além disso, a retração dos gastos públicos pode gerar desaceleração econômica, dificultando ainda mais a recuperação do país. Por outro lado, os defensores da austeridade argumentam que ela é fundamental para recuperar a confiança dos mercados, atrair investimentos e evitar o colapso das contas públicas.

Os efeitos da austeridade na economia e na sociedade

Os efeitos da austeridade econômica costumam ser sentidos em diferentes frentes. No curto prazo, uma das principais consequências é a retração da economia. Menos investimentos públicos significam menos dinheiro circulando, o que leva à redução da demanda, do emprego e da arrecadação.

Fernando Trabach Filho
Fernando Trabach Filho

Na esfera social os impactos podem ser ainda mais severos. Já que a diminuição dos investimentos em áreas como saúde e educação prejudica diretamente a qualidade de vida da população, especialmente das camadas mais vulneráveis, como ressalta o conhecedor Fernando Trabach Filho. Além disso, a elevação de impostos e o corte de benefícios sociais aumentam a desigualdade.

Por outro lado, seus defensores afirmam que, no médio e longo prazo, a austeridade ajuda a reorganizar as finanças públicas, controlando a inflação, estabilizando a moeda e, consequentemente, preparando o terreno para um crescimento mais sustentável. Entretanto, essa visão nem sempre se concretiza de forma equilibrada, principalmente em países com elevada desigualdade social.

A austeridade econômica exige equilíbrio e responsabilidade

Em última análise, a austeridade econômica é, sem dúvidas, um tema que gera divergências e muitas discussões. Pois, enquanto alguns defendem sua necessidade para garantir equilíbrio fiscal e estabilidade financeira, outros apontam seus impactos negativos, especialmente sobre os serviços públicos e a população mais pobre. 

Todavia, o que se percebe é que a adoção de medidas de austeridade deve ser feita com planejamento, cautela e sensibilidade social. Desse modo, um ajuste fiscal que não considere os efeitos sobre a população pode agravar problemas sociais e econômicos, dificultando ainda mais a retomada do crescimento. Portanto, mais do que cortar gastos, é fundamental que os governos encontrem soluções que combinem responsabilidade fiscal com justiça social, promovendo o desenvolvimento econômico de forma sustentável e inclusiva.

Autor: Anastasya Sokolova

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