Conforme explica Rodrigo Balassiano, a eficiência operacional no mercado financeiro depende de diversos fatores, mas um dos mais determinantes é a integração entre três figuras-chave: o custodiante, o administrador e o gestor. Cada um desempenha um papel distinto, mas altamente interdependente na estrutura de um fundo de investimento. Quando bem coordenados, esses três agentes formam um verdadeiro tripé que sustenta a segurança, a transparência e o desempenho das operações.
Essa integração é especialmente relevante no contexto da crescente sofisticação dos produtos financeiros e da regulação cada vez mais rigorosa. Qualquer falha de comunicação ou desalinhamento entre esses agentes pode gerar atrasos, inconformidades e até riscos jurídicos. Por isso, entender como se dá essa relação e a importância de cada elo da cadeia é essencial para qualquer profissional ou investidor que queira operar com segurança e eficiência.
Qual o papel do custodiante na engrenagem operacional?
O custodiante é responsável pela guarda e controle dos ativos financeiros que compõem a carteira do fundo. Rodrigo Balassiano frisa que seu papel vai além de armazenar títulos: ele verifica a liquidação das operações, assegura a titularidade dos ativos e fornece informações precisas para o administrador e o gestor. Em outras palavras, ele atua como o guardião dos bens do fundo, garantindo que tudo esteja devidamente registrado e seguro.
Além disso, o custodiante contribui diretamente para a mitigação de riscos operacionais, atuando como uma instância independente de verificação. Sua atuação é fundamental para manter a integridade patrimonial do fundo, conferindo mais confiança tanto aos gestores quanto aos cotistas. A precisão dos dados fornecidos por ele é essencial para que o gestor tome decisões baseadas em informações reais e atualizadas.
Como o administrador garante a transparência e conformidade?
Segundo Rodrigo Balassiano, o administrador do fundo é o elo responsável por zelar pelo cumprimento das normas legais, regulatórias e operacionais. Ele supervisiona o trabalho do gestor e do custodiante, validando informações e monitorando o enquadramento da carteira conforme as regras estabelecidas no regulamento do fundo. Dessa forma, o administrador funciona como uma ponte entre os demais agentes e os órgãos reguladores, como a CVM.

Sua atuação também inclui a elaboração de relatórios e documentos exigidos por lei, como demonstrações financeiras, além de coordenar a contabilidade do fundo. Por esse motivo, o administrador precisa manter uma comunicação eficiente com o custodiante, que fornece os dados, e com o gestor, que define a estratégia. O bom desempenho administrativo garante a transparência e credibilidade necessárias para atrair e manter investidores.
Como o gestor se beneficia dessa integração?
O gestor é o responsável pela estratégia de investimentos e pela tomada de decisão quanto à alocação dos ativos do fundo. Para isso, ele depende de dados confiáveis e atualizados, fornecidos pelo custodiante e validados pelo administrador. Rodrigo Balassiano destaca que uma integração eficiente entre esses agentes permite que o gestor opere com maior agilidade, reduzindo erros e aumentando a assertividade das decisões.
Com um fluxo bem alinhado de informações, o gestor consegue acompanhar o desempenho da carteira em tempo real, reagir rapidamente a eventos de mercado e manter o fundo dentro dos limites regulatórios. Assim, a integração operacional entre custodiante, administrador e gestor é uma vantagem competitiva, pois permite uma atuação mais estratégica, segura e eficiente.
Alinhamento é sinônimo de performance
Por isso, Rodrigo Balassiano conclui que a integração entre custodiante, administrador e gestor é muito mais que uma exigência regulatória, é uma necessidade prática para garantir eficiência, transparência e segurança no ambiente financeiro. Quando esses três pilares estão alinhados, o fundo funciona como uma engrenagem precisa, capaz de gerar valor para os investidores e cumprir seus objetivos com excelência. Investir na comunicação e nos processos entre esses agentes é, portanto, investir em performance e credibilidade.
Autor: Anastasya Sokolova